sábado, 23 de março de 2013

Sensações do tempo

Ao longo do tempo diversificamos e conceituamos muito mais as nossas sensações.
Vivemos a mutiplicidade da linguagem humana no decorrer da vida e no decorrer do tempo.
O que, afinal, é o tempo? O tempo é uma eterna maneira de significar. O tempo é um símbolo de inefabililidade silenciosa.
O tempo, em sua fragmentação totalitária, no passado, presesente e no devir,  apresenta-se como um fenômeno nessa imagem registrada pela artista plástica Camila Sobreira.
Convido você para participar desse relevante momento para registrar suas sensações no tempo e responder tuas indagações:O que o tempo faz você sentir? O que a sensação oferece ao tempo?


Alan Nascimento


Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=443846209023345&set=a.437187983022501.1073741825.437187939689172&type=1&theater


SENSAÇÕES DO TEMPO.
27 MARÇO,AS 19H, NO INSTITUTO DE ARTE CONTEMPORANEA. IAC.
RUA BENFICA,157.MADALENA. RECIFE
AO LADO DA BLUE ANGEL,   QUARTA FEIRA.

domingo, 17 de março de 2013

Mulher bonita não é a gorda e nem a magra, mas aquela que gosta de si mesma"

Mulher é um bicho danado de bonito. 

Por KEKA DEMÉTRIO

As mulheres mortas no famigerado incêndio da fábrica de tecidos na cidade de Nova Iorque, exatamente em 8 de março de 1857, já naquela época sofreram as consequências por reivindicarem o que as mulheres do século XXI parecem não se preocupar tanto. Se a atitude delas não surtiu o efeito esperado, serviu para sociedade perceber o poder que existe nas mulheres.

Hoje, pergunto-me qual a verdadeira luta da maioria das mulheres dos tempos atuais, que executam múltiplas funções dentro da sociedade, mas que ainda são responsabilizadas por todas as formas de pecado do sexo masculino e de toda a humanidade? Bom, aparentemente, se somos as descendentes de Eva, que sedutoramente fez Adão comer do fruto proibido, é culpa nossa se hoje não vivemos no paraíso. Colocaram em nossas costas o peso da culpa pelas atrocidades cometidas pelo sexo masculino, como se uma roupa mais curta ou voltar sozinha para casa depois de um dia exaustivo no trabalho viessem acompanhados por uma súplica: por favor, ajude-me a retirar o peso da minha culpa por termos sidos expulsos do paraíso e me estupre!

A violência sexual, física, emocional, doméstica e tantos outros tipos de violências cometidas contra nós mulheres independente de faixa etária, cor da pele, classe social ou ocupação, deve ser cada dia mais combatida. E milhares de vezes mais do que a celulite, as estrias, ou as gorduras que insistem em fazer parte do nosso corpo e que hoje parecem ser a grande causa das tristezas e depressões de inúmeras mulheres. Culpa-se a mídia por esfregar em nossas caras mulheres magras como sendo o modelo perfeito de beleza, saúde e felicidade. Mas será que a mídia é mesmo a grande vilã e a única culpada por mulheres gordas se sentirem um nada? Será que também não temos culpa por este movimento de exclusão ser tão forte?

Ah, por favor, negamos o maior direito que temos de nos amarmos e deixamos aqueles que nem sabem da nossa história, sequer da nossa existência, comandar as nossas vidas. Permitimos que sejamos classificadas pelas formas de nossos corpos, pela quantidade de gordura e circunferência de nossas cinturas. Nossa capacidade de sermos mulher, amante, mãe, amiga e profissional ao mesmo tempo parece não fazer muita diferença, apenas quando nos cobram a perfeição como se fôssemos bonecas com liga e desliga executando as funções diárias.

Não faço apologia à obesidade, mas à felicidade. Não dá para parar a vida porque estamos gordas. Pior do que o peso em excesso é a depressão que oprime e adoece a alma. Pior do que os quilos a mais é a somatização das dores da alma no corpo físico.

E estar feliz mesmo acima do peso é perfeitamente alcançável. Que o diga as cinco modelos GGs que pararam a badalada praia de Ipanema, na Cidade Maravilhosa, no último dia 24, para um ensaio fotográfico clicado pelas lentes das fotógrafas Bia Pias e Miriam Tavares, do Estúdio Divas Photography. O ensaio das modelos Esther Gerivazo, Gessica Azevedo, Aryanik Schulz, Mariana Diniz e Michele Boechat reafirmam que a mulher bonita não é a gorda e nem a magra, mas aquela que gosta de si mesma.

Keka Demétrio é cristã, mãe, publicitária, professora universitária e escritora. É tida como porta-voz de muitas mulheres do universo Plus Size, compartilhando e aprendendo com elas muitas vivências por meio de colunas na Internet e dos vários eventos em que participa por todo o país. Fanpage: http://www.facebook.com/KekaDemetrio

Fonte: http://estilo.br.msn.com/tempodemulher/colunistas/mulher-%C3%A9-um-bicho-danado-de-bonito-1

quinta-feira, 14 de março de 2013

Estudo Preparatório


Prezados colegas,
  
O Curso de Pós Graduação em Psicanálise da FAFIRE e a Intersecção Psicanalítica do Brasil, convidam para uma manhã de estudos em preparação para o Colóquio EQUÍVOCO, LAPSO, CHISTE E INTERPRETAÇÃO - 2013 - Recife. Contamos com a participação de todos.

Data: 16 de março de 2013
Local: Auditório do 5º andar da FAFIRE
Horário: 9h às 13h

Inscrições
Profissionais: 10,00 reais
Estudantes: 5,00 reais   

PROGRAMAÇÃO:

1-“Os motivos dos chistes: os chistes e o processo social” (Sigmund Freud). André Resende
2- Os chistes e as espécies do cômico. Item 1 (Sigmund Freud). Manoel Ferreira
3- Os chistes e as espécies do cômico. Item 2 e 3 (Sigmund Freud). Francisca Guerra
4-  Os chistes no seminário Formações do Inconsciente. Lia da Fonte e Sonia Coelho
5- Chistes nos seminários de Lacan. Jacques Laberge. Socorro Soares. Thereza Queiroz
6- Intervenções através do Chiste. O chiste da Iluminação Carlos Eduardo Carvalheira
7- Os chistes e o inconsciente. Luíza Bradley
8- Sobre os chistes. Ana Lúcia Falcão
9- Os Chistes e o ato analítico. Gertrudes Pastl

Comissão local de IPB em 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

Da Juventude ao Envelhecimento: Como otimizar a vida


Fórum sobre questões do envelhecimento

Da juventude ao envelhecimento: Como otimizar a vida

Programação 2013
Terças | 14h30 às 17h
Entrada Franca

12 de março - Cultivar a consciência crítica
09 de abril - Criar e aprofundar relacionamentos
14 de maio - Aprender a lidar com limites
11 de junho - Estimular atitude terapêutica preventiva
13 de agosto - Assumir perdas e ganhos
10 de setembro - Envelhecer produtivamente
08 de outubro - Buscar o lazer criativo
13 de novembro - Aceitar o envelhecer

Local: Auditório G1
1º andar do bloco G da Universidade Católica de Pernambuco

Informações: Pró-reitoria comunitária
Térreo do bloco G da Católica
Fones: 2119 4140 / 2119 4146

sábado, 9 de fevereiro de 2013

FACEBOOK FAZ BEM



FACEBOOK FAZ BEM

Quem fica exposto à rede social se sente estimulado.

Uma recente pesquisa, publicada no periódico Cyberpsychology, Behavior, and Socaial Networking, aponta que o Facebook, literalmente, faz com que os usuários se sintam bem. Os autores do estudo analisaram as respostas de 30 indivíduos durante três minutos de exposição a diferentes situações: uma condição de relaxamento( um slide com cenas da natureza.), uma condição estressora( um teste com tempo e questões de matemática) e acesso a conta pessoal do Facebook. A condutividade da pele, a pressão arterial, padrões de ondas cerebrais, atividade muscular e respiratória e dilatação da pupila também foram aferidos.
Com análise dos resultados, os pesquisadores perceberam que o padrão de sinais bilógicos causados pelo uso do Facebook produziu um estado psicofisiológico que era distinto das condições de relaxamento e estresse. Percebeu-se, também, que os sinais bilógicos caracterizam um estado de “alta valência positiva de estimulação". A pesquisa também sugere que o sucesso das redes sociais pode ser associado a estados emocionais específicos que os indivíduos sentem enquanto utilizam suas contas pessoas.

Fatores psicológicos

Em relação aos fatores psicológicos envolvidos no uso do Facebook, a pesquisa descobriu dois fatores primários que motivam os indivíduos a usarem o site: o primeiro é necessidade fundamental de pertencer a algo, já que os seres humanos foram feitos para se comunicarem uns com os outros e, também, para sentirem aceitos. O sentimento de" estar desconectado" motiva, inicialmente, o uso do site e, ao passo que o indivíduo possui mais conexões, mais utiliza-se da rede.
O segundo fator relacionado ao uso do facebook é a autorrepresentação, onde os usuários criam uma versão ideal de si mesmos em seu perfil. Segundo os autores da pesquisa, esses dois fatores podem agir em conjunto ou independentemente para motivar o uso da rede.

Fonte: Revista Psique Ano VII Nº85.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Entidade Estranha?


Confira o texto: Entidade Estranha? Boa leitura.  



Rubem Alves* 

Imagino seu sorriso de incredulidade ao ler isto. “Como é possível que um homem como o Rubem Alves ainda acredite em demônios? Demônios são fantasias do imaginário religioso...”. Mas há coisas que podem ser consertadas. Há pessoas que viram o Outro que mora em voe de que ninguém gosta. Nem mesmo você.
O seu horror é triplo. Primeiro, o horror por aquilo que o Outro, com a sua cara, faz.
Segundo, o horror de que os outros o tenham visto daquele jeito monstruoso. Você conhecer um brinquedinho, não sei o nome em português. Em inglês é Jack-in –the-box. É um cubo metal com manivela. O cubo metálico é bonitinho por fora. Aí, a gente vai rodando a manivela e, de repente, a tampa se abre e de dentro do cubo se salta uma cabeça grotesca que dá um susto. Vendo o cubo fechado ninguém suspeitaria da cabeça assustadora que está dentro dele. Pois muitas pessoas são parecidas com o Jack-in –the-box. Você pode ser uma delas... dessas em que todo mundo fica com medo de rodar a manivela.
Terceiro, o simples horror de que more em você um hóspede desconhecido que está além do seu controle racional. Se conselhos racionais valessem alguma coisa, eu lhe daria vários e até poderia escrever um livro de autoajuda sobre o assunto. Mas quando o hóspede desconhecido entra em cena já é tarde demais para se fazer qualquer coisa. Até mesmo os anjos da guarda fogem...
De fato: os demônios são fantasias do imaginário religioso. As religiões os pintaram com seres repulsivos e feios, com cara de bode, chifres na cabeça, peludos, rabo, masculinos, genitais em forquilhas para penetrarem em dois orifícios ao mesmo tempo e especialistas em soltar ventilações sulfúricas malcheirosas por suas ventas e partes inferiores. Invisíveis, vagam pelos espaços vazios À procura de ninhos onde botar seus ovos.
Escolhida a vítima eles se aproximam e por meio de truques sedutores tentam entrar na casa onde desejam se aninhar. Se o dono da casa é bobo e acredita na sua conversa, eles entram, tomam posse do espaço e não saem pacificamente.
Você já deve ter ouvido falar de alguém que “ficou fora de si”. Se ele ficou fora de si, quem é ficou dentro dele? Só pode ser um outro que não ele. Então, naquele momento, o seu corpo não é posse sua. Está sob o controle de um Outro que faz coisas que Le jamais faria.
Nos tribunais se usa falar em “privações dos sentidos” para se referir a uma pessoa que não é responsável por aquilo que faz. É uma forma forense de se referir ao “ ficar fora de si” enquanto “ um outro fica dentro de si. Assim se o meu corpo cometeu um crime sob a condição de “ privação de sentidos”, isto é, enquanto estava sendo possuído por um estranho, eu não o cometi. Em tese, não sou culpado, não posso ser condenado.

*Rubem Alves é escrito, educador e psicanalista. Ele assina  na sessão Palavras da Revista PSIQUE.

Texto retirado da Revista Psique nº83